Terceiro outono nesta praça.
Em certas manhãs frias,
o Dharma tem que ser jogo-rápido –
e não se esqueça do gorro.

São poucas as árvores que ficam realmente sem folhas;
numa rua próxima, um ipê rosa está em plena floração.
As estações e as plantas jamais se confundem.

O solo desta praça é vazio como o céu.
Afinal de contas, ela se estende para todos os lados,
infiltrando-se sob a cidade.
Para o alto avança sua folhagem, para baixo penetra suas raízes.
De certo e preciso modo, a praça tudo abarca.

Esta praça é
a carne viva do Universo.

Sentando-se assiduamente aqui, pode-se entender isso.

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