anônimo
é como se chama este riacho
que não tem beira nem eira
e deságua numa miríade de outros riachos
e vem, não se vê como, de detrás de umas pedras
sem origem e sem destino
parado na montanha
equilibrado na corredeira
perfeitamente repousado
em sua água
sem pai
sem mãe
sem filho
o riacho aninha-se em sua água
riacho bento

2 comentários:

Anônimo disse...

Koun, vez em quando passeio entre as nuvens;tbém no muro dos poetas malditos;às vezes, recolho coisas preciosas como os sinais da "Iluminação Silenciosa" como o fluxo das águas deste riacho sem nome...a poesia jorrando em diferentes formas; surpreendendo-me o zazen no cemitério!
Tão aprazível passear por aqui...

Moro numa ilha, sul do Brasil, no Morro das Pedras, perto da Lagoa do Peri.

tchau

Koun disse...

Gasshô